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domingo, 16 de novembro de 2014

Na busca do autotriunfo, por Conrado Matos Psicanalista

NA BUSCA DO AUTOTRIUNFO
Por Conrado Matos – Psicanalista
Artigo publicado no Jornal A Tarde/Coluna de Religião.

O bem é uma atitude humana em prol do harmonioso trabalho coletivo do homem, em busca da felicidade. É o bem, o dom da gentileza e da paciência que todos nós precisamos ter, nos momentos difíceis e turbulentos da nossa vida. O bem, limpa a mente, cuida, zela e conserva. O bem transforma a alma, areando os nossos pensamentos foscos ou embaciados, tornando-os faróis luminosos em busca da paz e do autoconhecimento. O bem é tolerante e apaziguador, enquanto o mal é rigoroso e severo.
A consciência do mal é autoritária; a consciência do bem é libertadora.
O bem multiplica às vitórias saudáveis do homem abençoado, enquanto o mal transforma às vitórias em vaidade, arrogância e guerra. O bem é um transformador de empatia, companheiro e consolador verdadeiro; diferente do egoísmo que consola na gratidão da malícia. O bem não é egoísta, é solidário e compreensivo.
É com o bem que encontramos amigos sinceros e companheiros leais, embora, alguns já atolados no pessimismo da amargura e do ódio, descrentes, continuam na possibilidade da existência do bem, que é fraterno e amoroso.
Jesus pregou o Bem para todos nós, levantou almas caídas, angustiadas e sem chance de vida, e com todo Amor de Deus, o Mestre penetrou no coração do homem irado e perseguidor. Paulo foi um deles, que ora resgata o bem.
O bem é maravilhoso; é a esperança do homem bem intencionado, e também o socorro do homem perverso, em busca de regeneração e retificação. O bem é a união familiar e universal. O bem é luz geradora de amor; é o passe que elimina a dor, a obsessão, a insegurança e o medo. O bem aproxima o Espírito que orienta, guia e ilumina.
O bem, aceita o choro do derrotado, a ira do rejeitado, e como amortecedor da paz, o bem devolve o amor ao angustiado. O bem é eterno e imortal. O bem é a flor que nasce do Amor, que, bem regada, espalha perfume em todo jardim da eternidade e da bondade.
Às vezes falamos muito dos outros, das suas virtudes, dos seus defeitos e das suas causas.
Olhando mais para dentro de nós, fazemos a comunicação interior, e pelo mergulho profundo da nossa subjetividade, retificamos a nossa postura, os paradigmas sombrosos e tradicionais, que nos cegam diante da realidade.
Falar é fácil, mudar é difícil.
Como disse Freud: “Governar, psicanalisar e educar, são tarefas difíceis”, (Conferências Introdutórias Sobre Psicanálise, 1916-1917-Imago), mas com a arte do amor, da receptividade positiva, do bom relacionamento e da paciência, nada pode impedir o resgate de uma base edificante.
Quando aprendemos com o erro, lidamos melhor com o outro, e ouvimos com coerência, apoiando ou não apoiando, porém, flexíveis com nossas opiniões para não tornarmos arrogantes.
É difícil para alguns utilizar a arte da escuta e da empatia, principalmente quando se trata de um assunto novo, ou quando se trata de uma mensagem nova de alguém; ou uma nova atitude, separação e mudanças.
A humanidade, entre aspas, em algumas pessoas, existe a síndrome de não saber ouvir, ou não aceitar o discurso novo do outro. Essas pessoas, por qualquer tipo de fobia, insegurança ou falta de autoestima elevada, em virtude da sua ancestralidade influente, se tornam resistente diante da chegada do novo assunto, conteúdo, desafio, ou um fato.
É ridículo sabermos que alguém tão importante venha viver tão aterrorizado e magoado, sofrendo de uma neofobia ou inveja, mesmo, talvez, com seu espaço já garantido. Será que é um mal de todos nós? Ou de alguns? O fato é que não devemos desistir dos desafios perante as críticas.
É comum nas pessoas com baixa autoestima, o sintoma da neofobia e da inveja, viver desfazendo dos outros, falando o que não deve, com exageradas idéias bizarras em relação ao pensamento de alguém, no sentido de querer menosprezar, rebaixar, ou dificultar o espaço de outrem, como forma de querer deter tudo para si, como condições de querer aparecer mais, sentindo-se o dono do saber.
Quanto mais essas pessoas são inseguras, mais autoritárias elas são.
Os autoritários são inocentes, porque foram educados para sofrer, ou agredir os outros. São inflexíveis, e não sabem agir com sabedoria interior.
São os autoritários, pessoas rígidas, e vivem na defensiva, por causa do pânico ou do medo de perder seu próprio espaço, o poder, a vaidade e o orgulho.
Notadas vezes, somos afetados por companheiros que compartilhamos ideias e teorias – coisas da vida terrena, embora, ainda exista alguém que queira ser detentor de tudo, um líder autoritário e sem moderação.
Assim, segues sozinho, e, em ti, faças a tua própria morada. Por enquanto!... Esperas pelo Bem!
Conrado Matos, Psicanalista, Licenciado em Filosofia, Bacharel em Teologia e Escritor.
E-mail: psicanaliseconrado@hotmail.com, ou Tels (71) 9910-6845/8717-3210/ 8103-9431.



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