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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

O Valor da Autoestima


O VALOR DA AUTOESTIMA

Por Conrado Matos – Psicanalista
Artigo publicado no Jornal A Tarde/Coluna de Religião.

A autoestima é um valor que alimenta a alma humana, cuidando da personalidade, das atitudes e do amor próprio de cada indivíduo. É com o amor próprio que o indivíduo acredita em seus potenciais internos, como: autoconfiança, autodeterminação, autoafirmação e autocriatividade, que são essas atitudes os principais pilares da autoestima.
É com a autoestima e amor próprio que o indivíduo se sente reconhecido e realizado, desbloqueado; perdendo o medo e a timidez. Não costuma se esquivar diante do desconhecido. Está sempre preparado para enfrentar novos desafios.
A autoestima pode ser alta ou baixa, vai depender do estado emocional de cada pessoa. Se a autoestima é baixa, geralmente os pensamentos são negativos. Se a autoestima é elevada, geralmente os pensamentos são positivos. A autoconfiança anda junto com a autoestima, nutrindo o indivíduo de estímulos saudáveis e motivação.
Pessoas que demonstram posturas físicas numa posição curvada, ou cabisbaixa podem estar sinalizando que têm uma autoestima baixa, no caso de alguns retraídos demais. Normalmente, avalia-se melhor a autoestima de uma pessoa através das suas atitudes, intrapessoais e interpessoais. Porque nem sempre numa pessoa, por exemplo, calada ou retraída, devaestar sofrendo de uma autoestima baixa. Cada caso é um caso. Pois existem pessoas que são extremamente extrovertidas, e que sofrem de autoestima baixa. Quantas vezes já ouvimos falar que um fulano bem conhecido do nosso meio social, que era tão alegre e bem humorado, e de uma hora para outra deu fim a sua própria vida através de um suicídio. É de se estranhar! Não é?
As pessoas que vivem isoladas em decorrência de um estado depressivo, cujo sintoma psíquico, estrutural,(Psicótico), ou não estrutural, (neurótico), são vítimas de autoestima baixa, porque vivem em pânico, inseguras, vazias e socialmente afastadas das pessoas, das atividades profissionais e dos encontros sociais. Precisam resgatar a autoestima, e ir de encontro ao seu eu interior, resolvendo conflitos pessoais e interpessoais.
São essas pessoas de alma doente, quando não bem tratadas com os psicofarmacológicos, ou com terapias eficazes,bem difíceis de desenvolverem-se,intrapessoalmente e interpessoalmente.
Existem pessoas que procuram se isolar por conta própria durante algum tempo, e que não estão sofrendo de autoestima baixa. Precisaram se recolher durante um período para buscarem por reflexão, meditação e iluminação. Ou, no caso de alguns escritores, artistas plásticos, e poetas, que buscam por um lugar tranquilo para se concentrarem na execução de suas obras. Sendo assim, houve nessas duas situações motivos para se afastarem. Portanto, nem sempre são pessoas portadoras de autoestima baixa. Os indivíduos que vivem inspirados em suas criações precisam estar bem concentrados. Cada caso é um caso, vai depender do equilíbrio emocional de cada um.
Como já falei, existem pessoas alegres, que são portadoras de autoestima baixa, vivendo como extrovertidos disfarçados, consolados de muita aparência e de poder. Assim como existem pessoas alegres, extrovertidas conscientes que vivem felizes, desfrutando de uma autoestima elevada. O fundamental é o equilíbrio emocional das duas atitudes da autoestima: a atitude extrovertida, e a atitude introvertida, e que essas duas atitudes estejam conscientes. Têm pessoas de extroversão falsa. Vivem alegres em dado momento da vida, e a qualquer momento inesperado explodem de fúria e raiva, e ficam agressivas.
O valor da autoestima não estar ligado diretamente às aquisições materiais, porém, em contrapartida, as coisas materiais adquiridas por lucros justos e muito trabalho, são conquistas que estimulam positivamente a autoestima de qualquer indivíduo. Embora o “Ser” deve estar sempre acima do “Ter”. Entendo assim que, o valor da nossa autoestima vai depender muito da nossa relação com o mundo subjetivo e mundo objetivo. Como vivemos dentro e fora de nós. Tudo vai depender do nosso equilíbrio emocional, e como tratamos nosso mundo intrapsíquico e extrapsíquico, ou seja, como nos tratamos espiritualmente.

Conrado Matos é Psicanalista, Licenciado em Filosofia e Bacharel em Teologia. Ex-diretor executivo do Cepa Círculo de Estudo, Pensamento e Ação.
E-mail: psicanaliseconrado@hotmail.com – Tels: (071) 8103-9431/8717-3210.







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