Páginas

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Artigo/ por Conrado Matos


RELAÇÕES E CONVÍVIO

Por Conrado Matos - Psicanalista
Artigo publicado no Jornal A Tarde - Religião

Para nos renovar devemos tentar mudar de foco, estabelecer metas, objetivos e ação – mudar de reta para atingir o alvo que queremos alcançar, que é um compromisso de um grande vencedor.
Devemos, também, melhorar nossa postura pessoal e profissional, buscando por melhor qualidade de vida, e nos aperfeiçoar constantemente.
O indivíduo que busca se qualificar, pensa em desenvolver suas atitudes: Intrapessoais e interpessoais, que são atitudes que atuam no interior e no exterior de cada ser humano, contribuindo para uma vida subjetiva e, ao mesmo tempo, objetiva – atuando dentro da alma e fora da alma.
Sem essas atitudes intrapessoais e interpessoais o indivíduo não encontra um ponto de partida para se tornar pessoa desenvolvida.
Algumas pessoas são qualificadas do ponto de vista intrapessoal. Sabem viver tranquilas (falsos Zen’s), harmoniosas e pacientes, embora, não tem autoestima elevada para agir no campo profissional. No caso do Zen verdadeiro, este é móvel e vive também em ação.
Outras pessoas são bem dotadas do ponto de vista interpessoal, mas não vivem bem do ponto de vista pessoal ou interior, porém, são profissionais competentes. Outras pessoas têm as duas atitudes, a intrapessoal e interpessoal. Essas pessoas agem como águias e enfrentam desafios – não desistem do novo. Esses indivíduos são móveis, e buscam pelo seu próprio sucesso.
Para ser uma pessoa dotada de qualidades pessoais, devemos assumir alguns valores: Autoconfiança, autoafirmação, autodeterminação e autocriatividade. Essas atitudes formam nosso pilar da autoestima – autoestima elevada, verdadeira e saudável.
Por outro lado, as atitudes de autoconfiança, autoafirmação, autodeterminação e autocriatividade, nos acompanham em outros campos de atuação: Trabalho, compromisso social, formação profissional e especializações, etc... A nossa autoestima pode ser considerada pessoal ou profissional, podendo oscilar como autoestima elevada ou autoestima baixa, a depender do desenvolvimento de cada um. A autoestima deve estar elevada nas duas áreas: pessoal e profissional.
Se você é uma pessoa que tem dificuldade de se relacionar com outras pessoas, você pode está sofrendo de uma autoestima baixa nas relações interpessoais. Se você não entende bem o que está acontecendo com você sobre essas causas emocionais (fracasso do ego), você não está tendo uma boa relação intrapessoal. Intrapessoal é entendimento interior. Interpessoal é entendimento exterior. Porém essas duas atitudes são importantes para o crescimento.
Existe indivíduo que se aborrece futilmente no ambiente de trabalho e no ambiente familiar. Esse indivíduo não é dotado de atitude interpessoal saudável, e pode sofrer danos sociais, profissionais e pessoais. Não é admirado por ninguém, e vive afastado das pessoas. Embora esse mesmo indivíduo possa viver bem interiormente. Medita, pensa sobre si mesmo, e é reflexivo e introvertido. Ganha por um lado e perde por outro lado, por não ser um extrovertido saudável.
Se tratando de alguns psicóticos e neuróticos, a dificuldade de se relacionarem consigo mesmo e com os outros é característico do sintoma psíquico, ou da personalidade esquizoide, que são bem confusos e precisam de terapias, ou de medicações psiquiátricas. Bem tratados, podem desenvolver relações intrapessoais e interpessoais saudáveis.
Alguns executivos que assumem cargos de liderança sofrem de disfunções sociais, não agregam relacionamentos saudáveis, e fogem de alguns desafios. Preferem viver em zonas de conforto (Falsas), e agem como meros confortáveis em seus objetivos, na posição de individualistas, ao invés de grupais, sem se encontrar em sintonia com as demais lideranças da organização. Numa organização o sistema de liderança e política de trabalho, deve ser grupal, e os profissionais devem aprender a se relacionarem. Da mesma forma, as boas relações devem ser estabelecidas na organização familiar, em sintonia com os principais membros da família. A boa relação deve se ampliar em geral, nas demais convivências sociais.
Outro aspecto que devemos levar em conta como importante nas relações é aprender a lidar com as indiferenças, seja na família, nos grupos sociais e no ambiente de trabalho. As atitudes intrapessoais e interpessoais são fundamentais nessas situações de convívio, nutre a autoestima, não só pessoal, mas eleva a autoestima do companheirismo. É fundamental viver o bom relacionamento em qualquer circunstância da vida. A nossa boa autoestima, melhora a autoestima das outras pessoas que nos rodeiam.
Existem, também, indivíduos que pensam muito em fazer certas coisas, mas não agem. São um pouco niilistas – tipos cabeça ocas. Despertam interesse pelas coisas, porém não as colocam em ação. Esses indivíduos são sujeitos à depressão e sentimento de culpa, por não assumirem responsabilidade com as suas ideias. São fracos e não reagem no tempo certo. Sofrem de autoestima baixa, embora, são vistos como indivíduos de autoestima mediana, por ter muitas ideias.  São inseguros e não colocam as ideias em práticas.
Agir com autoestima elevada é não se esquivar diante de determinadas situações novas, sejam elas: Compromisso, reunião, responsabilidade, ação, objetivos e metas.

Conrado Matos é Psicanalista, Licenciado em filosofia e Bacharel em Teologia. Pós-graduado em Teoria Psicanalítica.
E-mail: psicanaliseconrado@hotmailcom – Tels: (071) 8717-3210/8103-9431.


Nenhum comentário:

Postar um comentário