ROMANCE
O FEITICEIRO: MEMÓRIA A XAVIER MARQUES
Por
Conrado Matos – Psicanalista e Diretor da Associação Lítero-Musical Amigos do
Escritor Xavier Marques.
Em memória ao escritor
Xavier Marques, que falecera no mês de outubro de 1942, vou citar uma frase que
não é minha, mas, do sergipano Jackson Figueredo, que diz o seguinte: “Xavier
Marques merecerá o amor de todo o povo brasileiro. Na proporção em que for
crescendo a nossa consciência nacional; tê-lo-á todo. Quando levar-nos. Não só
à pompa dos programas, mas as escolas, o culto do nosso passado. (...) Quando
os nossos homens públicos se derem a esta obra com menos frases e mais
seriedade, os livros de Xavier Marques, como os de um Alencar ou Afonso Celso,
irão parar às mãos da infância e educá-la para a formação da alma brasileira”.
O
Feiticeiro foi um grandioso romance de Xavier Marques, que sofreu nova
roupagem. Tudo começou com a obra, Boto e CIA de 1897, que volta a ser
reproduzido em 1922, com um novo nome, O Feiticeiro, que reaparece como uma
obra alegre e de uma bela jovialidade, sem brutalidade, sem plebeia e sem delírios.
O Feiticeiro representa a nossa real Bahia, o modo de ser dos baianos, seus
hábitos e costumes.
Francisco Xavier Ferreira
Marques nasceu na Ilha de Itaparica, em 03 de dezembro de 1861, e morreu em 30
de outubro de 1942. Nesse mesmo ano de 1942, ano da sua morte, nasceu seu neto,
o músico Celso Xavier Marques, que está vivo residindo aqui em Salvador. Celso
Xavier Marques é um músico excelente e uma pessoa muito simples. Puxou ao seu
avô que costumava ouvir a Banda do Exército Brasileiro tocar em datas
comemorativas.
Xavier Marques foi Membro da
Academia Brasileira de Letras, ocupando a Cadeira de nº 28, assim como foi
Membro-Fundador da Academia de Letras da Bahia, ocupando a cadeira de nº 33,
que atualmente é ocupada pela Ialorixá Mãe Stella. Francisco Xavier Ferreira
Marques foi também Deputado Federal e Jornalista, sendo articulista de diversos
jornais.
Para finalizar meu artigo,
transcrevo aqui o Hino “Tributo a Xavier Marques”, de autoria do seu próprio
neto, o meu amigo, e grande compositor baiano, o Maestro Celso Xavier Marques.
Vejam a letra: “Xavier Marques, Meu velho escritor/ Itaparica/ Baiano ilustre
vulto de valor/ Xavier Marques, feitos marcantes/ A memorizar Simples histórias/
Gênio literato a relembrar/ A cidade encantada/ A arte de escrever/ As voltas
da Estrada/ Iremos percorrer Xavier Marques. Jana e Joel Simboliza um grande
amor/ Autodidata/ obra prima/ O mar lhe inspirou poeta/Romancista/ Estilista/
Academia preservou/ do jornalismo às Letras/ Sua vida dedicou../ O Feiticeiro,
Holocausto/ Os Praieiros Mar Azul!!! A Boa Madrasta/ Maria Rosa/ O Arpoador/ O
Sargento Pedro... Insulares Terras Mortas, Pindorama/ Terra das palmeiras Deus
Criou, (Deus Criou) Tão sublime, a sua pena magistral/ Fez Xavier Marques, Imortal.
Conrado
Matos é Psicanalista, Licenciado em Filosofia e Bacharel em Teologia.
Pós-graduado em Teoria Psicanalítica. Ex-diretor executivo do Cepa Círculo de
estudo, Pensamento e Ação.
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